quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PRESENTES QUE FAZEM O NATAL MAIS PRESENTE




Com 20% de desconto na rede de livrarias Paulinas de 3 a 31 de dezembro!!! 

O Natal na quinta (livro com chancela PNL)
Maria Teresa Maia Gonzalez

Preço 5,30 € | Páginas 104 | Formato 13x0,8x19 cm| Peso 120 gr
Coleção O espírito da quinta (6.º volume) | ISBN 978-989-673-191-5 | CB 5603658103069

Sinopse: Todas as experiências vividas na Quinta de São Francisco são ondas de mudança para a Teresa, o Tomás e o Salvador, os três irmãos protagonistas desta coleção que vai já no sexto volume.
Porém, o tempo do Advento e do Natal tornam-se, para eles, mais marcantes e enriquecedores nesta nova vida longe da cidade. Assim, o Natal irá assumir um significado diferente para os três jovens, que, pela primeira vez, se envolvem em atividades que refletem o verdadeiro sentido desta quadra festiva.

Num clima de solidariedade e dinamismo, cada um fará as suas aprendizagens, reconhecendo que o valor dos afetos e dos gestos está muito para além do que é meramente material.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Enigma

Bom dia, meus amigos!
Resolvam o enigma e descubram qual é o título que aparece nos quadrados a negrito!
 Boa Sorte!!!!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Novo Livro da Coleção

Boa tarde caros leitores!!!
Sereis capazes de adivinhar qual o título do novo livro da coleção Espríto da Quinta?
Deixo-vos aqui um pequeno trecho, talvez assim adivinhem:

"«Ano novo, vida nova», diz o provérbio. Assim acontece, de facto, na Quinta de São Francisco… O mês de janeiro traz consigo a beleza da neve e de uma notícia completamente inesperada, que provoca nos vários elementos da família Dias reações diferentes, que mostram ansiedade, entusiasmo e alguma preocupação… Porém, o início do ano é também marcado por um acidente e por uma descoberta terrível, que deixa Teresa virada do avesso…"

Deixem aqui o vosso palpite, ele irá estar nas livrarias a 28 de Maio!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Premiados do Concurso Paulinas 2012

Foram entregues, no passado Sábado, na Feira do livro de Lisboa, os prémios do concurso Paulinas 2012 - Coleção «O Espírito da Quinta».

Os premiados foram os seguintes:

1º Prémio - Bernardo Serôdio (Escola B, 2, 3 de Pegões) 


2º Prémio - António José Salsas (Colégio Ultramarino Nossa Senhora da Paz)


3º Prémio - Rodrigo Calçado (Escola Básica D. Manuel I - Pernes)


Menções Honrosas:

Vânia Horta (Escola B. 2, 3 de Pegões)
Ângela Batista (Escola B. D. Manuel I - Pernes)
Matilde Carapuça (Escola Básica e Secundária José Gomes Ferreira - Ferreira do Alentejo)

Parabéns aos vencedores e a todos os participantes no concurso!!!
Quem sabe se não serás tu o próximo vencedor? Fica atento!!!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Constrói o puzzle!!!

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"Era um passo importante na nova vida profissional de Madalena. Na verdade, desde que se dispusera a arregaçar as mangas para se dedicar ao fabrico de doces na Quinta de São Francisco, mal tinha tempo para descansar. Isto significava, por um lado, que o negócio começava a ter pernas para andar, por outro, que não seria possível continuar aquele trabalho sem contar com a ajuda diária de alguém na «casinha do açúcar», como Madalena chamava ao seu local de trabalho, criado no espaço que antes era um barracão cheio de pó, teias de aranha e alguns utensílios em mau estado de conservação. Naquela manhã, às 9 horas em ponto, como tinha ficado combinado, uma rapariga de olhos grandes e tristes apareceu à porta.
— Deves ser a Susana – disse-lhe Madalena, cumprimentando-a com um beijo.
– Entra! Dou-te as boas-vindas à nossa casinha do açúcar!
A rapariga, que tinha 25 anos e já estava desempregada há 10 meses, parecia pouco à vontade e mantinha o olhar triste, contudo, lá fez um esforço para sorrir e responder:
— Está muito bonito, isto aqui. A minha mãe já me tinha dito que a senhora dona Matilde estava muito contente com as obras que a nora tinha feito aqui no barracão velho...
— Então já sabias da nossa pequena fábrica de doces...
— Já, quero dizer, a vila não é grande, as notícias correm depressa, sobretudo as más, o que não é o caso.
Vendo-a tão acabrunhada ainda, Madalena pediu-lhe que se sentasse numa das cadeiras da oficina e sentou-se ao seu lado.
— Olha, Susana, vou ser sincera contigo: sei bem o que deves ter passado neste último ano, sem trabalho.
— Sabe?!
— Sei, porque ao meu marido aconteceu o mesmo, quando morávamos em Lisboa, entendes? Ficou sem trabalho. De maneira que tivemos de mudar de vida, porque só o meu ordenado não chegava para pagarmos todas as despesas.
A Susana suspirou, antes de desabafar:
— Sabe, dona Madalena...
— Trata-me por Madalena, que eu prefiro. Vais ser minha ajudante, mas isso não quer dizer que não possamos tratar-nos como amigas, e as amigas tratam-se pelo nome, não é verdade?
A Susana ficou enternecida. Não estava à espera de tanta cordialidade.
— Obrigada, dona Ma..., ou melhor, Madalena.
— A minha sogra contou-me que o teu pai faleceu há dois anos e que és tu que tens de ajudar a tua mãe a criar os teus irmãos, que são bem mais novos do que tu.
— É verdade.
— E também me disse que tinhas um bom emprego, porque estavas como gerente da sapataria de um tal senhor Lemos...
— Pois foi. Comecei lá a trabalhar desde que saí da escola, quando fiz o nono ano. Primeiro, comecei como empregada. Mais tarde, ele viu que eu me ajeitava com o serviço e, ao fim de nove anos, acabou por me nomear gerente. O pior foi que tudo acabou...
— O teu patrão teve de fechar a loja, não foi?
— Eu não sei se ele teve mesmo de fechar. O certo é que fechou e foi para a terra dele, que é Viseu. Pagou-me a indemnização e pronto...
— São coisas que acontecem, Susana. Nos tempos que correm, é normal as pessoas mudarem frequentemente de emprego. Não podemos pensar nisso como uma coisa trágica. Tu és muito nova, disseram-me que tens sentido de responsabilidade, e eu preciso justamente de alguém assim. Gostaria de poder oferecer-te um ordenado melhor, pois sei que ganhavas mais, mas, para já, não é possível.
— Eu compreendo. Para mim, já é bom o que me ofereceu, porque, na verdade, se não fosse esta oportunidade, teria de sair da vila e ir procurar trabalho em Mangualde ou na Guarda, mas isso significava ter de passar muito tempo fora de casa..."

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sexta-feira, 16 de março de 2012

A que livro pertenço?


Olá meus amigos,
hoje venho colocar-vos um desafio: alguém me sabe dizer de que livro é esta passagem?

"Eram quase horas de o Tomás se ir deitar. Os pais, a avó Matilde e a tia Luísa estavam na sala a fazer um jogo de cartas.
– Ainda estás a ler, Tomás? – perguntou a mãe, desviando por momentos a atenção do jogo.
– Olha que precisas de ir dormir.
– Já vou. Ainda não tenho sono.
O jogo de cartas chegou ao fim e cada um dos adultos se levantou.
– Vou fazer chá – anunciou a tia Luísa.
– Além de ti, Matilde, alguém quer?
– Conte comigo, tia, por favor – disse o Fernando, sentando-se ao lado do filho mais velho.
– Vais tomar chá, pai?!
– E o que é que isso tem? Até gosto. Às vezes, apetece-me, sobretudo quando está frio.
O Tomás riu-se e observou em voz baixa:
- Não é por nada, mas tás mesmo a ficar bué velhote. Chá… Qualquer dia, trocas os chinelos de quarto por umas pantufas e passas a andar assim pela casa, a resmungares que já são horas de qualquer coisa e toda a gente tá atrasada menos tu…
- Vai gozando… - retorquiu o pai, sem se mostrar abespinhado.
– Pensas que vais ser jovem para sempre, não pensas? Pois estás muito enganado.
– E tu que não dissesses que eu estou enganado… Para ti, nunca digo nada que seja completamente verdade – reclamou o Tomás, sem, no entanto, se mostrar zangado.
– Completamente a verdade, é raro alguém ser capaz de dizer.
– Já estava à espera que viesses com as tuas teorias.. – Tornou o Tomás, continuando a rir-se.
– És tão previsível, pai!
– Antes assim. Pelo menos, já sabem com o que podem contar… Mas, a propósito: olha que ainda estou agradavelmente surpreendido com a tua leitura, na capela dos franciscanos! O Tomás pousou o livro na mesinha e coçou a cabeça.
– Sobre isso, o melhor é nem falar, porque, se queres saber, até agora, ainda não percebi o que aconteceu.
– Não percebeste o quê, filho?
– O que se passou comigo, naquele dia.
– De que é que estás a falar?
– Primeiro, consegui deixar-me convencer a ir à Missa… Depois, aceitei ir fazer uma leitura, eu que detesto que me ouçam ler! Para cúmulo, enganei-me, fiquei parado uma data de tempo sem atinar com aquilo e ninguém notou! Deves concordar que foi bué estranho… Fernando riu-se.
– Sabes o que deve ter sucedido? Distraíste-te um segundo, por algum motivo, e pareceu-te que tinha passado muito mais tempo. Pode acontecer a qualquer pessoa.
– Não, não! Qual segundo, qual quê?! Nem pensar! Sei perfeitamente que fiquei imenso tempo à nora e nem sei como não desisti e me vim embora a meio daquela cena!
– Estás enganado, filho. Se ninguém deu por nada é porque a tua paragem foi tão pequena que passou totalmente despercebida.
– Pronto, lá vens tu, mais uma vez, dizer que estou enganado… Okay."

In, ???

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Nova Escola


A Filipa estava demasiado ansiosa para conseguir dormir. Então, levantou-se da cama e foi sentar-se à escrivaninha para retomar o seu diário, já que, àquela hora, não tinha ali ninguém que a ouvisse. Amanhã vai ser o primeiro dia de aulas na escola nova! Setembro chegou num instante. As férias passaram ainda mais depressa do que era costume! Aqui na quinta, as obras no barracão – que vai ser o local de trabalho da minha mãe – estão quase no fim! O pai e o senhor Carlos Amaro ajudaram imenso, claro, senão ainda faltaria muita coisa. Assim foi óptimo, porque não foi preciso ter cá o pedreiro mais dias. Confesso que nunca pensei ver o meu pai a acartar lixo, pedras, madeiras… É incrível como ele se está a adaptar tão bem a tudo isto! Em Lisboa, passava o tempo quase todo sentado no sofá da sala, desde que chegava do trabalho. Às vezes, nem para beber um copo de água queria levantar-se… O certo é que agora já perdeu quase completamente aquele pneu que tinha à volta da barriga e fica bastante melhor assim, claro. O barracão está a ficar impecável! Agora, sem a tralha que por lá havia, parece muito maior! Só lá falta uma arca frigorífica que já foi encomendada. O chão foi revestido de um pavimento lavável. As paredes foram pintadas de branco (por mim e pelo salvador) e o tecto foi pintado pelo Tomás. Substituíram-se as janelas (que estavam praticamente podres) por outras de alumínio anodizado de cor branca. Comprou-se um fogão grande para fazer os doces e uma mesa enorme para trabalhar. Na sala do lado é a despensa, que ficou cheia de prateleiras e um armário de madeira que ocupa toda a parede do fundo e cujas portas a mãe deixou que eu pintasse de verde-escuro. Não é para me gabar, mas ficou bué giro. Se, dantes, me dissessem que eu havia de passar os últimos dias de férias a ajudar nas obras de um barracão, eu diria que nem por sombras, mas a verdade é que estes dias foram precisamente a parte de que mais gostei das minhas férias de verão! Apesar do calor, do pó que engoli, das teias de aranha que limpei, do cheiro das tintas e do verniz, do barulho do martelo, das piadas do Salvador… Ainda bem que o primo Abílio emprestou dinheiro para estas obras! Agora, a minha mãe vai mesmo poder fazer as compotas e conservas para vender! Até já temos um nome para a empresa que ela e o pai criaram: «Quinta de S. Francisco – fruta, doces, conservas, licores». Não é lá muito original, mas tem a ver connosco e não é pindérico. Sinto orgulho nos meus pais, porque estão a dar tudo por tudo para criarem os seus próprios postos de trabalho e poderem ganhar a vida como dantes e, para isso, tanto um como outro mudaram de actividade para outras que eu acho que nem em sonhos eles tinham planeado, antes de o meu pai perder o emprego que tinha em Lisboa. Agora, quando ouço na televisão pessoas a queixarem-se de terem perdido o emprego, a vontade que tenho é de mandar uma mensagem a cada uma, a dizer que não desistam e que tentem agarrar-se a qualquer coisa que possam aproveitar, ainda que pareça pouco ou mesmo absurdo. Sei que, tão cedo, a nossa vida não vai voltar a ser como era, no aspecto material. O meu pai tinha um óptimo ordenado e o da minha mãe, senso inferior, não era nada mau. O que interessa é que mudamos porque tínhamos de mudar e eu começo a achar que foi mesmo para melhor! Depois das obras no barracão, a minha mãe parece outra, cheia de esperança no futuro, até dá ideia de que ficou mais nova! Está mesmo entusiasmada. Já tem um ficheiro no computador com as receitas todas que seleccionou para as compotas e tudo o que vai produzir com os produtos aqui da quinta. Quase todas as receitas foram cedidas pela tia Luísa; as outras foram dadas pela Leontina e algumas já estavam no caderno de receitas que a minha mãe herdou da mãe dela. O único problema que eu consigo imaginar, para já, é que vamos todos engordar com os doces…

In, A Nova Escola

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pedras Vivas


Era o Guilherme, um dos últimos jovens a integrar o grupo «Pedras Vivas» por só recentemente ter vindo viver, com os pais e a irmã, para a vila de Figueira Branca.
- Não sei se estou a interrompê-lo... - disse o rapaz, em voz baixa.
Com o seu habitual bom humor, o padre Hermínio retorquiu:
- Mas eu não quero que fiques na ignorância e respondo-te: já interrompeste. Mas não faças essa cara que não é grave! - E deu uma gargalhada perante o ar embaraçado do Guilherme.
- Desculpe, é que eu queria falar consigo sobre o grupo...
- Sobre o «Pedras Vivas»?
- Pois...
- O que é que te preocupa?
- Bem, é que eu estou a gramar pertencer ao grupo, sabe, e pus-me a pensar que, com isto da Alcina se ir embora, pode acabar tudo...

In, O Natal na Quinta